Há no meu corpo nu uma infinidade de caminhos
Curvas já não tão fechadas,retas já não tão longas e janelas
cujas paisagens se acumulam como um álbum de fotos partidas
Há no meu corpo nu uma infinidade de histórias
algumas longínquas como o papel que o tempo amarela e
outras tão frescas que ainda sangram
No meu corpo nu há toda a força e toda a fragilidade que o
universo derrama
intacto e completamente diferente,meu corpo nu me atravessa
no espelho
me conta lembranças,me mostra atalhos,me ergue muros,me
derruba portas
e segue carregando minha alma.